Desde quando a greve foi iniciada a única entidade (legalmente constituída) que apoiou e continua apoiando o movimento grevista-reivindicatório foi o DCE. Não estamos falando daquele FANTASMA chamado de “DCE levado à Sério”, criado pela reitoria da UEG em maio de 2012,na UNUCSEH,na base da fraude.
Em apoio à greve, o DCE concedeu várias entrevistas à imprensa, e postou, curtiu e compartilhou no Facebook todo tipo de assunto defendendo as reivindicações do movimento.
Muitos questionam ainda por que a direção do DCE não participa das assembleias dos grevistas em Anápolis e Goiânia, já que apoia o movimento?
O DCE apoia todas as reivindicações apresentadas pelo movimento grevista, mas é preciso informar que a UEG possui 42 Unidades, presentes em 39 cidades. O DCE então decidiu viajar pelo interior para reunir e debater com os alunos das demais unidades esclarecendo e pedindo apoio à greve e mostrando a importância do movimento reivindicatório.
A greve foi deflagrada pelo “Movimento Mobiliza UEG”, herdeiro e sucessor do “Fórum de Defesa da UEG”. Nós do DCE nunca fomos convidados por eles para integrar o comando de greve e nem para apresentar nossas reivindicações. Por que não nos convidaram? Primeiro é preciso voltar a 2011 e 2012 para explicar toda essa história. Vamos lá?
Em 2011, o Governo do Estado, por meio de um Golpe, fez uma intervenção totalmente ilegal e arbitrária na UEG. Destituiu a reitoria eleita em 2008 e no seu lugar nomeou cabos eleitorais do seu partido (pessoas que nem vínculo possuía com a UEG) para serem Pró-Reitores. O Fórum de Defesa da UEG e aqueles supostos “líderes estudantis” do tipo Jefferson de Acevedo, junto com vários diretores, professores e servidores das Unidades da UEG: UNUCSEH, UNUCET, Santa Helena, Goiás, ESEFFEGO e Morrinhos, apoiaram incondicionalmente o golpe da intervenção de forma ostensiva. Além disso, apoiaram um estatuto ilegal elaborado pelo governo secretamente (ilegal, porque segundo a LDB no Art. 53, somente a comunidade universitária pode elaborar estatuto de universidade). Esse estatuto, tal qual os A.I - Atos Institucionais da Ditadura Militar, cassou direitos e decretou uma verdadeira perseguição política contra o reitorado eleito em 2008 para um mandato de 04 anos.
O governo então impôs uma vice-reitora que nem pertencia aos quadros da UEG e ela, junto com esse pessoal do Fórum de Defesa da UEG e seus aliados, daquelas 06 Unidades acima citadas, passou a incorporar toda a política de perseguição àqueles que se posicionaram contra a intervenção do governo na UEG (caso do DCE, SISTAUEG, ADUEG e ADIR).
Em 2012 o governo, sem ouvir a comunidade uegeana impôs um reitor Biônico (que não é eleito) e aí a politicagem dentro da UEG se aprofundou. Aí veio a eleição para reitor. O governo, numa manobra eleitoreira, criou uma lei onde apenas o atual reitor tinha possibilidade de tomar posse, perdendo ou vencendo a eleição. Foi a chamada “Lei da Lista Tríplice”, que deixaria o governo à vontade para nomear um candidato a reitor mesmo se ele ficasse em 2º ou 3º lugar na eleição. Fez essa lei para ninguém concorrer com o atual reitor. Ao invés de criticar e denunciar essa manobra política a galera do Fórum de Defesa da UEG (atual Movimento Mobiliza UEG) e o fantasma chamado “DCE levado à sério”, criado pela reitoria interventora, apoiaram descomedidamente a “Lei da Lista Tríplice” e a eleição do Reitor Haroldo, ligado ao Governo Estadual.
Uma das maiores mágoas desse pessoal do “Movimento Mobiliza UEG” (que foram aliados do governo de Marconi Perillo na UEG em 2011 e 2012) foi não terem sido convidados por Haroldo Reimer para ocupar uma ou duas Pró-Reitorias depois de sua eleição. Diante disso resolveram romper com o reitor.
Veio a greve, e por já serem adversários do DCE há muito tempo, não aceitaram a presença dessa entidade comandando junto com eles a greve. Porque sabiam que o DCE conhecia em detalhes o que eles haviam feito no passado.
Apesar de tudo, o DCE apoia o movimento grevista e acredita que é necessário continuar pressionando o governo e o reitor para garantir melhorias para a UEG.
O DCE acredita que o governo vai mesmo realizar o concurso para a UEG, mas as 250 vagas para professores não serão suficientes, já que temos 1.300 professores temporários.
Talvez o Restaurante Universitário da UNUCET seja implantado, mas a reitoria não vai querer implantar outros nas demais Unidades e a assistência estudantil ainda continuará sendo uma bandeira de luta, porque esse governo e esse reitor não irão realizar nada nessa área, principalmente a tão sonhada Moradia Estudantil.
Anápolis, 08 de maio de 2013
DCE-UEG