BENVINDOS SAUDAÇÕES AO QUE TEM CORRAGEM!!!


Há homens que lutam um dia, e são bons;
Há outros que lutam um ano, e são melhores;
Há aqueles que lutam muitos anos, e são muito bons;
Porém há os que lutam toda a vida
Estes são os imprescindíveis

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

A UEG E A IDEOLOGIA DE REBANHO


“As convicções são inimigas mais perigosas da verdade do que as mentiras.”


Friedrich Nietzsche


O artigo de João Felipe Fleming publicado no jornal Diário da Manhã, no dia 26 de outubro, parece pilha: tem um lado positivo, mas também um negativo. É verdade que existem inúmeros problemas na UEG e é preciso muita luta da comunidade universitária para fazer com que a universidade possa ser um centro de excelência acadêmica, mas seu texto além de maniqueísta é todo partidarizado e obscurantista. É uma narrativa desordenada, difícil de ser compreendida. É nessa confusão que ele pulveriza a sua ideologia, tão manjada por pessoas críticas. Ao falar do fórum parece um narcisista pedante narrando sua Odisséia estrambótica. João Felipe e o fórum não querem uma UEG melhorada, eles a querem eternamente com problemas para explorá-la politicamente, partidariamente e eleitoralmente.


A comunidade acadêmica tem memória sim, João Felipe! Ela ainda se lembra da reunião do Conselho Universitário, em abril de 2008, quando você e seus colegas foristas se recusaram a apoiar a proposta do DCE, que propunha o fim da taxa de matrícula na UEG. Apenas para discordar do DCE, vocês contribuíram com a manutenção desta taxa. Graças a Deus, o STF cassou meses depois as taxas de matrículas em universidades públicas. Os estudantes também têm memória e se lembram que em outubro de 2008 o Fórum de Defesa da UEG pediu à Justiça que o peso eleitoral dos estudantes e servidores de nossa universidade fosse reduzido de 25% para míseros 15% nas eleições para reitor e diretores de unidades. Ora, João Felipe, ao falar da marcha dos estudantes em defesa da UEG, você se esqueceu de contar toda a história. Esqueceu que “a comunidade acadêmica tem memória?”. Nessa marcha, membros do DCE também participaram indo a pé de Anápolis a Goiânia e próximo a Capital os estudantes do DCE foram agredidos fisicamente por professores e alunos do Fórum de Defesa da UEG. Foi preciso a intervenção da Polícia Rodoviária Federal para que não fossem espancados selvagemente. O DCE não revidou e civilizadamente procurou uma delegacia de polícia para registrar boletim de ocorrência.


João Felipe afirma que “a postura dos dirigentes do DCE é de se manter calados... servindo mais como correia de transmissão do governo e da reitoria”. Ora, João Felipe, isso é uma falácia! O DCE esteve presente na luta contra a redução dos 2% para a nossa universidade e além de participar de debates com a comunidade universitária, procuramos a imprensa, fizemos panfletagem e estivemos presentes na Assembléia Legislativa dialogando com os deputados e pressionando para não aprovar aquela emenda constitucional. O DCE não é correia de transmissão de governo e reitoria, temos a nossa própria política de lutas que se pauta pelo diálogo e não pela agressividade selvagem do fórum. Foi por meio de uma luta articulada que conseguimos várias vitórias, entre elas, o fim da taxa de diploma para os estudantes da UEG na última reunião do Conselho Universitário. Temos criticado a falta de uma política de assistência estudantil na universidade e temos apresentado propostas alternativas para essas questões. A irresponsabilidade do denuncismo inconsequente e vazio, que cria um cenário de doença crônica para depois vender o remédio nas eleições, era uma prática do partido de João Felipe antes de estar no poder, mas que em 2005 colheu o que plantou e por pouco Roberto Jefferson não derrubou a república do mensalão. Isso é o que acontece com aqueles que fazem da ética a sua única bandeira e não possuem condições morais de sustentá-la e quando são pegos num ato de imoralidade ficam sem discurso. Tal como a juventude hitlerista, os foristas se valem do entusiasmo natural de alguns jovens estudantes, seus gostos pelas ações e aventuras, desejo de promoção midiática, esperando que cada jovem estudante considere o dogmatismo forista como uma religião. Recentemente, em uma reunião do Fórum na Assembléia Legislativa, lá estava um professor forista da Esefego apitando e mandando os jovens alunos gritarem: “quem não pula é governista”. E adestradamente os fantoches gritavam e pulavam (uma cena deprimente). E o forista João Felipe, do alto de seu governismo petista, lá estava rindo sarcasticamente ao ver as criaturas manipuladas pulando o samba da enganação do fórum: “quem não pula é governista.” Mas nós, do DCE, afirmamos sem receio que quem não pula, João Felipe, é livre, tem opinião própria, faz a escolha que acha mais adequada e verdadeira. Porém, quem obedece cegamente às ordens de adestradores foristas de pular, com certeza, é massa de manobra que engrossa o rebanho de obedientes ovelhas pastoreadas por lobos foristas governistas.

Thiago Alves de Souza
é presidente do DCE–UEG