BENVINDOS SAUDAÇÕES AO QUE TEM CORRAGEM!!!


Há homens que lutam um dia, e são bons;
Há outros que lutam um ano, e são melhores;
Há aqueles que lutam muitos anos, e são muito bons;
Porém há os que lutam toda a vida
Estes são os imprescindíveis

terça-feira, 9 de outubro de 2012

45 anos de Solidão *


                                        

      O ano era 1967, há 45 anos atrás o mundo estava em ebulição na efervescência da contracultura. A chamada “Febre do Prazer” estava em alta. No cinema, Glauber Rocha, evidenciava as contradições do Brasil, em seu magnífico “Terra em Transe”. Na música brasileira, era a época de ouro dos festivais, com explosão do Tropicalismo, alçando ao estrelado instantâneo Gilberto Gil e Caetano Veloso, a música evidenciava os conflitos políticos daquele ano.
       E é em 1967 que assume o general Artur da Costa e Silva (1967-1969). Durante a sua administração, cresceu no país a reação ao regime militar, mobilizando diversos setores sociais e políticos no Brasil. Seu governo é marcado por protestos e manifestações sociais. A oposição ao regime militar cresce no país. A UNE (União Nacional dos Estudantes) organiza, no Rio de Janeiro, a Passeata dos Cem Mil. 
        Na literatura o colombiano Gabriel García Márquez consolidava o “realismo mágico” com seu “Cem Anos de Solidão” e o romantismo revolucionário do continente chegava ao fim com a morte, na Bolívia, de Che Guevara, o guerreiro imortalizado no mundo inteiro.
        Hoje, seu rosto está nas camisetas, nas bolsas, nos cadernos. É um símbolo de rebeldia, mesmo que o jovem que o carregue não saiba bem o porquê. Sua vida, porém, explica essa imagem: Foi o revolucionário que não se acomodou com as benesses do poder e de volta à selva e à luta armada, morreu de modo cruel nas mãos de inimigos poderosos. No próximo dia 9 de outubro deste ano, o mundo lembrará os 45 anos da morte do argentino Ernesto Guevara de La Serna, simplesmente Che para os mais íntimos. Ainda hoje, quando se fala de Revolução Cubana, Che é o rosto que sintetiza esta conquista.
        O argentino nascido em 1928, em Rosário, numa família de classe média alta, formou-se me medicina em Buenos Aires. Depois de formado, viajou por países da América Central, como a Guatemala e México nesse país, sobrevive como professor e médico. Conhece Raul Castro depois Fidel, aderindo ao grupo de revolucionários cubanos. Na época, Che já era socialista. Che chegaria a Cuba em Novembro de 56, a bordo do Granna e se embrenharia na serra Maestra.
         Foram meses difíceis aqueles, vários foram os que tombaram em confronto com o exercito de Batista. Nosso herói foi ferido mais de uma vez. Em 56, como apoio da população tomam o poder, neste mesmo ano. Che torna-se embaixador visita vários paises, inclusive o Brasil, para divulgar os objetivos da revolução e buscar aliados. África, Ásia, Europa ele esteve praticamente em todo o mundo. Che seria posteriormente presidente do BC de Cuba e Ministro da Indústria. Mesmo ocupando importantes cargos no Governo, fazia parte de seu modo de vista e de ação politica permanecer misturado ao povo comum, realizando trabalhos simples, como carregar sacos e ajudar nas colheitas.
         Em antológico discurso na ONU, no dezembro de 64, Che atacaria pesadamente os EUA, acusando-os de dominar e explorar a América Latina criticara também a URSS, afirmando que seus dirigentes oprimiam o povo. Cresciam assim, suas divergências com Fidel, que havia implantado em Cuba um regime aos modos da União Soviética. Nunca houve um rompimento publico entre Fidel e Che. Este último apenas se afastara do poder, renunciando a seus cargos e decidindo dedicar-se a organizar ações guerrilheiras em outros países. Em 65, Che deixaria Cuba, com mais alguns combatentes cubanos, passaria os meses seguintes na África, onde lutaria no Zaire, hoje Republica Democrática do Congo, contra a ditadura de direita de Mobutu Joseph Désiré. A guerrilha fracassou e fora dizimada. Após se reorganizarem, chegaria à Bolívia em novembro de 66 para organizar a luta armada contra o governo local.
       Che se identificava como sendo um economista uruguaio, pois teve de adotar identidades falsas para escapar da CIA, que o procurava vivo ou morto de preferencia morto. Seu grupo mais uma vez seria sufocado. Gue Guevara foi Capturado no dia 8 de Outubro de 1967, por soldados bolivianos.
        Assassinado no dia seguinte, numa escola da aldeia de La Higuerra. As fotos de Che rodaram o mundo, talvez para que servisse de exemplo, mas seu corpo sumiu por 30 anos, medo de que o local virasse um local de peregrinação. Somente em 1997 seus restos mortais foram encontrados, Vallegrande, a 50 quilômetros da escola onde foi morto. Os ossos estavam numa vala comum, com as mãos amputadas. Em 17 de outubro de 1997, seu corpo chegaria a Cuba onde fora enterrada com honras de Estado.
* Fonte biográfica: Che Guevara: Uma Biografia de Jon Lee Anderson
Edergênio Vieira é pedagogo, estudante de letras UEG/Unucseh e presidente do DCE/UEG @edergenio

Ata de Posse da Nova Diretória


ELEIÇÃO PARA REITOR DA UEG É MOTIVO DE PIADA

Neste ano de 2012 ao completar seus 13 anos de existência a UEG realizou a 4ª eleição para reitor. O fator surpresa dessa eleição não foi por ter, pela primeira vez, candidato único, ou por ser a única eleição até agora onde a chapa de reitor e vice foi indicada pelo governador do estado e atrelada a ele politicamente (o que causará graves problemas no futuro para a UEG), mas por ser a primeira vez que a reitoria não divulga o resultado da eleição por categoria.

Em todas as 03 eleições passadas (2000, 2004 e 2008) a Comissão Eleitoral sempre divulgou o total geral de eleitores por categoria e também o total geral de votantes por categoria e os percentuais de votos obtidos pelos candidatos em cada um dos 03 segmentos. Assim era possível saber quantos eleitores estavam aptos a votar e quantos votaram em cada uma das categorias. Isso sempre foi divulgado porque o voto para reitor da UEG, por ser diferente do voto para reitor da UFG, onde ele é paritário (01 cidadão= 01 voto), precisa ser esclarecido aos cidadãos da universidade e da sociedade que não compreendem muito bem como funciona essa peculiaridade da divisão do voto em 70%, 15% e 15%.

O voto do professor vale 70%, o voto do servidor 15% e o voto do aluno 15%. Então quando a Comissão Eleitoral e a reitoria da UEG divulgaram, no site oficial, que Haroldo Reimer foi eleito com 91% dos votos estão tentando passar a falsa ideia de que o magnífico reitor é uma espécie de SUMIDADE-DIVINDADE, com “uma votação jamais vista na história de um reitor de universidade”.

Mas esse resultado é velhaco porque esconde os percentuais de abstenção e percentuais de votos por categoria, que nos permitiria saber quantos votaram no reitor em cada categoria e quantos deixaram de votar.

  
Ao agir de forma tenebrosa (nada transparente), a reitoria da UEG nos deixa um péssimo exemplo como herança, onde prova que estão querendo vender a ideia de que faltaram apenas 9% dos votos para que o reitor se tornasse UNANIMIDADE ABSOLUTA NA UEG. O que não é verdade. Apenas uma torpe mentira. 

Que Nelson Rodrigues nos proteja desse tipo de casuísmo barato e infantil em uma universidade que precisa ser respeitada.

DIRETÓRIO CENTRAL DOS ESTUDANTES DA UEG