BENVINDOS SAUDAÇÕES AO QUE TEM CORRAGEM!!!


Há homens que lutam um dia, e são bons;
Há outros que lutam um ano, e são melhores;
Há aqueles que lutam muitos anos, e são muito bons;
Porém há os que lutam toda a vida
Estes são os imprescindíveis

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL E CASA DE ESTUDANTES NA UEG

A UEG é uma universidade que, pela sua própria estrutura, confirma o interesse em atender, do modo mais amplo possível, o cidadão do Estado de Goiás. São mais de 40 unidades espalhadas pelo interior oferecendo cursos e recebendo estudantes de variadas camadas da sociedade. Isso, por si só, já constitui um fator incontestável de preocupação com a democratização do ensino superior, com a inclusão social. Mas, obviamente, a política de inclusão social da universidade não se resume a essa profícua expansão.


A assistência estudantil faz parte das políticas que buscam resolver problemas de inclusão social na universidade. A realidade é que, para muitos estudantes, o ingresso no curso superior não significa a sua permanência até o final. Muitos têm problemas de alimentação, de acesso a material didático e principalmente a moradia.


Na UEG, a falta de moradia tem sido uma das principais barreiras a estudantes de baixa renda, oriundos de outros estados e de localidades do entorno de Anápolis. Esses educandos precisam trabalhar para manter o ritmo básico da vida estudantil e muitas vezes não conseguem arcar com as despesas diárias de transporte e alimentação, ou não encontram compatibilidade entre o trabalho e as aulas, senão pernoitando em Anápolis. Assim, parte significativa desses acadêmicos, sobretudo os mais pobres, desiste de seus cursos e volta para o interior com as perspectivas e os sonhos interrompidos.


Essa realidade, o Fórum Nacional de Pró-reitores de Assuntos Estudantis (Fonaprace) já havia detectado em âmbito nacional, em pesquisas realizadas sobre o perfil dos estudantes universitários brasileiros. Diante do problema, o Fonaprace elaborou uma proposta nacional de assistência, em sintonia com o artigo terceiro da LDB: “O ensino deverá ser ministrado com base nos seguintes princípios: I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola”. Essa proposta naturalmente contempla a construção e manutenção de casas de estudantes como um dos elementos que contribuem para a permanência do estudante de baixa renda na universidade. Nesse sentido, o Fonaprace justifica sua preocupação afirmando que:



A busca da redução das desigualdades socioeconômicas faz parte do processo de democratização da universidade e da própria sociedade. Esse processo não se pode efetivar, apenas, no acesso à educação superior gratuita. Torna-se necessária a criação de mecanismos que viabilizem a permanência e a conclusão de curso dos que nela ingressam, reduzindo os efeitos das desigualdades apresentadas por um conjunto de estudantes, provenientes de segmentos sociais cada vez mais pauperizados e que apresentam dificuldades concretas de prosseguirem sua vida acadêmica com sucesso.

As grandes Instituições de Ensino Superior do Estado há bastante tempo já se preocupam em garantir moradia para estudantes. A UFG, por exemplo, participante do Fonaprace, propicia, por meio de sua Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários, o apoio ao funcionamento básico de três casas de estudantes: CEU-I, CEU-III e CEU-IV, e trabalha na conclusão do prédio da CEU-V, no Campus-II. A Universidade Católica construiu e mantém a CEU-II. Goiânia, onde funcionam os campi mais importantes dessas universidades, está razoavelmente bem assistida no quesito moradia estudantil.


No momento, os moradores de casas lutam para melhorar ainda mais a qualidade da assistência. Procuram construir uma relação entre si e com as universidades que não permita a ambos os segmentos acadêmicos confundir assistência estudantil com assistencialismo. Cada vez mais edificam o espaço de moradia estudantil como espaço educativo e de construção da cidadania.


A UEG é a maior de todas essas instituições. Seu campus principal, em Anápolis, recebe estudantes de mais de quinze municípios goianos, sem contar os estudantes vindos de outros estados. Infelizmente, essa instituição ainda não incluiu na pauta da sua assistência estudantil o item Casa de Estudantes. Há uma demanda significativa no campus central da UEG. A Pró-Reitoria de Extensão Cultura e Assuntos Estudantis (PrE), no entanto, à revelia do que já é consenso no Fórum Nacional de Pró-Reitores de Assuntos Estudantis, não se sensibilizou ainda para o problema. Mas o DCE está atento. Sabemos que a moradia estudantil é uma necessidade cuja satisfação está em consonância com a gestão do atual reitorado, tanto quanto com a história da UEG e nos propomos a construir essa luta com a comunidade uegeana, nas instâncias universitárias, para que o sentido de inclusão social, germe fecundador da estrutura da UEG, tal como foi gestada, se fortaleça ainda mais, de modo a garantir ao estudante de baixa renda o acesso real ao ensino de qualidade, bem como à conclusão do seu curso superior. Somos pela moradia estudantil. Queremos a Casa de Estudantes na UEG.





Thiago de Souza Alves
Presidente do DCE-UEG

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