BENVINDOS SAUDAÇÕES AO QUE TEM CORRAGEM!!!


Há homens que lutam um dia, e são bons;
Há outros que lutam um ano, e são melhores;
Há aqueles que lutam muitos anos, e são muito bons;
Porém há os que lutam toda a vida
Estes são os imprescindíveis

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

CARTA ABERTA AO POVO GOIANO ACERCA DA NOMEAÇÃO DO NOVO REITOR DA UEG.

Desde o fim do calendário acadêmico de 2011, até o inicio do novo calendário acadêmico de 2012, parafraseando  Shakespeare, muitos fatos aconteceram na UEG que nossa vã filosofia pode imaginar. A renúncia do Professor Luiz Arantes, reitor eleito no ano de 2008 com mais de 60% dos votos da academia, é o desfecho de mais um ato de interferência política do Governo na Universidade. Em que pese às decisões políticas e ideológicas que todos temos, e o DCE também tem a sua, a UEG está sob a intervenção do governo, desde as Pró Reitorias, passando pela a Vice Reitoria, até chegar ao próprio Reitor, nenhum deles contou com o sufrágio da Comunidade Acadêmica Uegeana. Lembrando que pelo estatuto da Universidade, tanto o Reitor como o Vice Reitor, devem ser eleitos, e os mesmos indicam os Pró Reitores, cabendo ao Governador apenas nomea-los.

Autonomia Universitária garantida pelo artigo 207 da nossa Carta Magna vem sendo sistematicamente sacrificada em detrimento de um despotismo provinciano que remete aos tempos do coronelismo patriarcal que marcou a história do Estado de Goiás no Século XX.

De fato inicia-se um novo ciclo não só na Academia, mas também nos movimentos sociais que contribuíram, contribuem e contribuírão para o desenvolvimento da UEG. Por uma Universidade Popular, com a capacidade de produzir conhecimento e, sobretudo, a capacidade de convertê-lo em tecnologia e desenvolvimento social.

Sem autonomia universitária; gestão democrática; CsU orgânico e representativo da diversidade da academia; assistência estudantil; docentes e servidores técnicos concursados e bem remunerados; infra-estrutura de qualidade. Enfim, sem esses suportes que caracterizam o ensino superior, a UEG, ao invés de espaço de formação de cidadãos críticos e participativos, ao invés de centro democratizador do acesso ao conhecimento e a produção de pesquisa, passa a lócus irradiador da “fordização” de conteúdos, a campo precário de treinamento de técnicos incapazes de se sustentar e de contribuir com o desenvolvimento sócio econômico e cultural do Estado de Goiás e do Brasil.

Conquanto acreditamos na competência acadêmica do Professor Doutor Haroldo Reimer, a autonomia universitária, pressuposto constitucional e básico para a consubstanciação de uma Universidade eminentemente acadêmica é para o DCE questão inegociável, sendo assim, dizemos “NÃO A INTERVENÇÃO DO GOVERNO DO PSDB NA UEG E A CONVOCAÇÃO IMEDIATA DO CONSELHO SUPERIOR UNIVERSITÁRIO, E QUE O MESMO CONVOQUE IMEDIATAMENTE AS ELEIÇÕES PARA A COMPOSIÇÃO DE UM REITORADO AUTONOMO E LEGITIMO”.



“SE O PRESENTE É DE LUTA, O FUTURO NÓS PERTENCE”



DIRETÓRIO CENTRAL DOS ESTUDANTES

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS

ANÁPOLIS, 22 DE FEVEREIRO DE 2012

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

CARTA DO DCE/UEG AO POVO GOIANO

A Constituição Federal em seu Art.: 207 garante às universidades a autonomia universitária. Contudo desde sua criação, a Universidade Estadual de Goiás, nunca gozou de autonomia financeira, administrativa e didático-científico. Sem autonomia, a UEG sempre esteve longe da tríade ensino, pesquisa e extensão.

Além da ausência de autonomia, a UEG tem convivido ao longo dos anos, com desmandos por parte dos sucessivos governos. Na pior das hipóteses vivenciamos uma autonomia cerceada. Autonomia cerceada não é autonomia, mas heteronímia, isto é, submissão a normas impostas por outras instituições governamentais. No caso da UEG, o gabinete do governador.

No dia de hoje circula informações de que o atual Reitor da UEG, Professor Luiz Antônio Arantes, está prestes a renunciar ao mandato pelo qual foi eleito democraticamente pela comunidade universitária. Isto posto, o Diretório Central dos Estudantes não discute o ato unilateral do Reitor, mas mantém sua postura em defesa da legalidade e da democracia na Universidade.

O corpo acadêmico uegeano não poderá se calar neste momento, nem mesmo poderá se deixar levar pelas manobras intervencionistas, que pretendem transformar este fato em instrumento para o completo aparelhamento político eleitoral da academia.

O DCE/UEG entende que qualquer forma de escolha de um reitor que não seja através do escrutínio das urnas, se encaixa perfeitamente em golpe na autonomia e na democracia universitária. Com a vacância do cargo de reitor a vice-reitora nomeada através de cargo comissionado pelo governador Marconi Perillo não terá legalidade para assumir o cargo de reitora, já que o estatuto da UEG estabelece que o mesmo devera ser eleito pelo conjunto da comunidade acadêmica.

Portanto, defendemos veementemente a convocação do Conselho Universitário, para eleição de um Reitor interino até a posse do novo mandatário eleito de acordo com os princípios da constituição federal e estadual. Somente a comunidade acadêmica tem a legitimidade e a legalidade em indicar seus representantes, garantindo assim a tão desejada autonomia universitária.